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Huawei oferece pagamento de vigilância para executiva deixar prisão

Defesa tenta obter liberdade para Meng Wanzhou mediante fiança

Atualização:

VANCOUVER, CANADÁ - Advogados da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, disseram nesta segunda-feira (10) que a empresária chinesa, presa no Canadá, pode pagar pela vigilância que garantiria sua permanência no país se a Justiça a libertar mediante pagamento de fiança.

A oferta foi feita durante audiência em um tribunal canadense, que julga se ela poderá ser esperar em liberdade a análise do pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.

Wanzhou, de 46 anos, foi presa pelo Canadá a pedido do governo americano no dia 1.º, em Vancouver.

Meng Wanzhou, que também é filha do fundador evice-presidente financeira da Huawei Technologies, foi presa no Canadá no último sábado. Foto: REUTERS/Tyrone Siu

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O juiz William Ehrcke, adiou para esta terça-feira uma decisão sobre se concederá a liberdade sob fiança para a executiva da Huawei para escutar os argumentos dos advogados de defesa.

Na sexta-feira (7), os promotores pediram ao Tribunal Supremo de Columbia Britânica que ela permaneça presa até que o pedido de extradição americano seja julgado, por considerarem que a executiva chinesa pode fugir do Canadá.

No entanto, os advogados de Wanzhou afirmaram que a diretora da Huawei e filha do fundador da empresa tem intenção de permanecer no Canadá. Caso o juiz do caso estabeleça uma fiança para libertá-la, ela permaneceria em uma das duas mansões que possui em Vancouver.

A defesa da executiva da Huawei também ofereceu pagar as despesas de duas empresas de vigilância que garantiriam sua permanência no país: uma de segurança para executivos e outra de controle eletrônico, para acompanhar seus passos fora da prisão.

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Meng também afirmou em uma declaração juramentada que teme por sua saúde. Desde que foi presa, a executiva precisou ser hospitalizada uma vez para tratar de uma crise de hipertensão.

Sua prisão enfureceu Pequim, abalou os mercados e aumentou as tensões em meio a uma trégua na guerra comercial EUA-China.

O último protesto sobre o caso também levou à suspensão de uma missão comercial canadense à China nesta semana.

Wanzhou concordou em entregar seu passaporte e submeter-se a um controle eletrônico caso seja libertado, enquanto aguardaria o resultado do pedido de extradição.

Em um depoimento de 55 páginas, Meng disse que desde a sua prisão ela tem sido tratada por hipertensão.

"Ainda me sinto mal e temo que minha saúde se deteriore enquanto eu estiver presa", disse ela em depoimento.

Meng argumenta que sofreu numerosos problemas de saúde, incluindo uma cirurgia para câncer de tireoide em 2011.

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"Desejo permanecer em Vancouver para impugnar minha extradição e refutarei as acusações no julgamento nos Estados Unidos se me entregarem em última instância", disse.  / EFE e AFP

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