Humanidade está mais pessimista em relação à segurança

No Iraque, a proporção dos que previam um mundo mais seguro para a próxima geração caiu de 61% em 2005 para 36% em 2006, aponta pesquisa

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Por Agencia Estado
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A humanidade está mais pessimista em relação à sua segurança, informa a pesquisa divulgada nesta segunda pelo Fórum Econômico Mundial, realizada pelo Gallup International Voice of People com 55 mil pessoas em 60 países, representativas de uma população de 1,5 bilhões. Uma parcela de 48% dos entrevistados acha que a próxima geração viverá em mundo um pouco mais inseguro ou muito mais inseguro, o que se compara com apenas 26% que consideram que a próxima geração vai viver num mundo um pouco mais seguro ou muito mais seguro. 20% acham que o nível de segurança permanecerá o mesmo. É o quarto ano seguido em que a pesquisa é realizada. O Fórum Econômico Mundial é a organização responsável pelos encontros anuais em Davos, na Suíça (o próximo começa no dia 25 de janeiro), nos quais lideranças do mundo político, empresarial, intelectual e religioso se reúnem para uma maratona de debates. Europa pessimista Na Europa ocidental, a região mais pessimista, 68% acham que o mundo será menos seguro, contra apenas 10% que pensam o contrário. As Américas são a segunda região em pessimismo, com 59% prevendo mais insegurança, e 15% apostando num mundo mais seguro. Entre os norte-americanos, aqueles números são de respectivamente 64% e 11%. No Iraque, a proporção dos que previam um mundo mais seguro para a próxima geração caiu de 61% em 2005 para 36% em 2006. Em termos de prosperidade econômica, 40% de todos os entrevistados previu que a próxima geração viverá em um mundo mais rico, comparado a 31% que previram um mundo mais pobre. A Europa ocidental é de novo a região mais pessimista, com apenas 19% prevendo um mundo mais próspero, e 53% o contrário. Nos Estados Unidos, 26% crêem em mais prosperidade para a próxima geração,e 37% em menos. O otimismo econômico na Ásia é bem maior, com 53% prevendo um mundo mais próspero, número que chega a 86% nas seis cidades chinesas incluídas na pesquisa. A pesquisa mostrou também que os cidadãos do mundo preferem os líderes empresariais aos políticos, considerando que os primeiros são mais competentes, éticos e honestos. Uma parcela de 81% dos africanos considera seus líderes políticos desonestos, número que atinge 90% no caso da Bolívia, 89% no Peru e Equador, 80% na Venezuela e 63% na Argentina. Na Europa, este número é de 60%, e nos Estados Unidos, de 52%. As duas principais prioridades dos políticos, segundo os entrevistados, deveriam ser as de eliminar a pobreza e reduzir as guerras.

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