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Identificado homem que disparou contra prédio da ONU

Por Agencia Estado
Atualização:

Um homem pulou, nesta quinta-feira, a mureta em torno da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), disparou sete tiros para o alto e jogou panfletos pelo chão antes de ser contido por agentes do serviço secreto norte-americano. Não houve feridos, mas os disparos atingiram pelo menos dois andares no alto do edifício. O homem armado foi identificado como Steve Kim. A segurança da ONU informou que sua nacionalidade ainda não foi confirmada, mas, de acordo com seus documentos, ele nasceu em 1945. Os tiros da pistola alcançaram os 18º e 20º andares do prédio da ONU. Um banheiro feminino foi atingido no 18º andar. No 20º, um disparo atingiu o escritório da American Express, disse Michael McCann, chefe da segurança na ONU. McCann comentou que alguns tiros por pouco não acertaram funcionários das Nações Unidas no interior do prédio do secretariado. O suspeito foi detido por agentes do serviço secreto dos Estados Unidos que estavam nos arredores trabalhando na proteção do presidente do Chipre, Glafcos Clerides, em visita ao local. O ataque ocorreu por volta das 13h10 locais, quando o Conselho de Segurança da ONU debatia sobre o Iraque e o secretário-geral da entidade, Kofi Annan, reunia-se com Clerides e o líder da porção do Chipre ocupada pela Turquia. Panfletos jogados pelo suspeito e encontrados por jornalistas perto do local do incidente foram escritos em inglês, com diversos erros ortográficos, e eram endereçados a "todas as pessoas que amam a liberdade e a justiça". "Num brilhante e civilizado século 21, a maior parte das pessoas do mundo goza de paz e liberdade. No entanto, a Coréia do Norte está sucumbindo sob o peso da fome e da ditadura. Eles não têm nem ao menos os mais básicos direitos humanos, já que todas as coisas da alma e do espírito, plantas e arados, pertencem a uma pessoa chamada grande general Kim Jong Il", dizia o bilhete. A mensagem estava assinada: "Um cidadão da ONU, Steve Kim, 2 de outubro de 2002." Kim foi questionado por autoridades norte-americanas antes de ser levado pelo FBI para fora da sede da ONU.

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