Iêmen acusa 36 membros da Al-Qaeda de atentados suicidas

Suspeitos estariam vinculados a ataques terroristas em duas instalações petrolíferas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Trinta e seis supostos membros da Al-Qaeda foram acusados pela Promotoria do Iêmen neste domingo, 4, de estarem vinculados com os atentados perpetrados por quatro terroristas suicidas em setembro de 2006 contra duas instalações petrolíferas. A acusação foi anunciada oficialmente pela Promotoria iemenita depois que o Tribunal de Segurança do Estado abriu em Sanaa o julgamento, no qual seis dos acusados são julgados à revelia. Os atentados de setembro tiveram como alvo a refinaria de Maarab e depósitos de petróleo em Hadramaut, 170 e 900 quilômetros ao nordeste da capital iemenita, respectivamente. Além dos suicidas, o ataque matou mais uma pessoa. Os advogados da acusação afirmaram na sessão deste domingo que "os acusados ajudaram os suicidas" a perpetrarem esses atentados. Também asseguraram que os acusados tinham planejado ataques contra hotéis e lugares turísticos, assim como contra cidadãos e diplomatas de países ocidentais em Sanaa, especialmente americanos. Os réus são acusados também de dar refúgio a dez supostos membros da rede terrorista de Osama bin Laden, que fugiram de uma prisão iemenita em fevereiro do ano passado. Todos os acusados rejeitaram as acusações e seis disseram ter sido torturados pelos organismos de segurança durante os interrogatórios. O presidente da corte, Radwan al-Nemr, decidiu adiar até o próximo dia 18 a audiência do julgamento para permitir que os advogados de defesa preparem as alegações. O Iêmen, um dos países mais pobres da península arábica, coopera com os Estados Unidos na campanha de Washington contra o terrorismo.

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