07 de agosto de 2012 | 15h32
A agência de notícias estatal Saba informou na noite de segunda-feira que Hadi emitiu decretos transferindo o comando de algumas unidades da Guarda Republicana para uma força recém-formada, chamada Forças Presidenciais de Proteção, sob sua autoridade.
Outras divisões da Guarda Republicana -- unidade de elite, liderada pelo general de brigada Ali Abdullah Saleh, filho do ex-presidente -- foram deixadas sob um diferente comando regional.
A anarquia no Iêmen tem preocupado a vizinha Arábia Saudita, principal exportador de petróleo do mundo, e os Estados Unidos, que veem cada vez mais o país árabe como uma linha de frente na guerra contra a Al Qaeda e suas afiliadas.
Os decretos do presidente também incorporaram algumas unidades do Exército lideradas pelo general dissidente Ali Mohsen al-Ahmar -- que se separaram das forças de Saleh depois do início dos protestos no ano passado - à nova força presidencial ou a um comando regional.
Ahmar elogiou os decretos, definindo-os como "decisões corajosas e patrióticas", segundo a agência Saba.
Hadi, que foi vice de Saleh, assumiu o poder em fevereiro após ser o candidato único à eleição presidencial, em um acordo selado pelos vizinhos do Iêmen no Golfo a fim de pôr fim à instabilidade política. A reestruturação das Forças Armadas era um elemento essencial no acordo.
Hadi prometera unificar o Exército, dividido entre aliados e inimigos de Saleh. Em abril, ele exonerou cerca de 20 comandantes do alto escalão, incluindo um meio-irmão de Saleh e outros parentes.
Os EUA e a Arábia Saudita apoiaram o acordo de transição do poder, preocupados com a expansão do braço regional da Al Qaeda em um país nas proximidades de importantes rotas de navegação para a exportação do petróleo.
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