A Igreja Católica do Chile pediu hoje aos chilenos que respeitem a dor dos familiares do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, que morreu hoje no Hospital Militar de Santiago, onde estava internado há uma semana após sofrer um enfarte do miocárdio e um edema pulmonar. "Apesar do julgamento histórico do general Pinochet, a atitude que corresponde é a de respeito", afirmou o presidente da Conferência Episcopal do Chile (CECH), monsenhor Alejandro Goic, em declarações à "Rádio Cooperativa". O sacerdote acrescentou que não é bom que os chilenos festejem a morte do general reformado, além de solicitar "serenidade". Sobre as violações aos direitos humanos cometidas durante o Governo militar, Goic disse que "Deus tem misericórdia inclusive dos maiores pecadores". Enquanto os partidários choram a morte do ex-ditador chileno (1973-1990), seus adversários tomaram as ruas em todo opaís para festejar, em muitos casos com champanhe, a morte do militar que governou com mão de ferro no Chile.