TÓQUIO - Um forte terremoto de 6,7 graus na escala Ritcher registrado nesta quinta-feira (data local) a Ilha de Hokkaido, norte do Japão, causou deslizamentos de terra matando 16 pessoas e deixando ao menos 30 desaparecidos.
O terremoto sacudiu o país por volta das 3h08 da manhã e deixou quase 3 milhões de família sem energia. O tremor paralisou o funcionamento da ilha. Blecautes deixaram residências sem água, trens e aeroportos tiveram suas atividades paralisadas. Centenas de voos foram cancelados e sistemas telefônicos, desligados.
Em Atsuma, onde colinas inteiras desmoronaram, equipes de resgate usaram pás e retroescavadeiras para procurar sobreviventes sob as toneladas de terra que enterraram casas e prédios agrícolas. Vinte e oito pessoas desapareceram na cidade, disse o prefeito Shoichiro Miyasaka ao canal público NHK. "Vamos continuar procurando por eles", disse. Segundo Miyasaka, a cidade recebeu refeições de emergência para até 2 mil pessoas e mais de 500 buscaram refúgio em abrigos.
A única usina nuclear da ilha de Hokkaido estava desligada para verificações de segurança rotineiras quando o terremoto aconteceu. O gerador de energia reserva foi ativado temporariamente após o tremor. Segundo especialistas, não há sinais de radiação anormal. As preocupações envolvendo usinas nucleares e terremotos aumentaram depois que um forte terremoto e tsunami abalaram o nordeste do Japão em 2011, destruindo as reservas interna e externa de energia da usina de Fukushima.
Segundo a Agência Meteorológica do Japão, o epicentro do terremoto foi a 40 quilômetros de profundidade. Ainda assim, o tremor causou danos em grande parte da ilha, relativamente pouco habitada. Muitas estradas foram fechadas e algumas ficaram intransitáveis. O canal NHK mostrou imagens de trabalhadores correndo limpado vidro quebrado e reinstalando painéis do teto que caíram no maior aeroporto da região de Chitose.
Essa é a primeira vez que um terremoto em Hokkaido alcança tamanha intensidade desde que o Japão revisou sua escala sísmica em 1996. A JMA advertiu para o risco de desabamentos de edifícios e deslizamentos de terra, e da possibilidade de que haja um terremoto de intensidade similar na próxima semana, com mais probabilidade nos dois ou três dias posteriores.
Até as 9h30 (21h30 de quarta-feira), a agência meteorológica tinha contabilizado 45 réplicas, algumas das quais superaram 4 e 5 graus na escala Richter.
Nos últimos dias, o país vem sendo castigado pelo mais potente tufão registrado nos últimos 25 anos, o Jebi, que deixou 11 mortos e mais de 300 feridos. / EFE, REUTERS, ASSOCIATED PRESS