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Impasses como os da Bolívia são pouco prováveis

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Por Redação
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Seguindo os passos de seu colega Evo Morales, na Bolívia, o presidente equatoriano, Rafael Correa, também prometeu ''''refundar'''' o país com uma nova Constituição assim que chegasse ao poder. No entanto, de acordo com analistas, a Assembléia Constituinte de Correa será mais bem-sucedida do que a que se instalou em Sucre, na Bolívia, no ano passado. Suspensa desde 15 de agosto, a Constituinte boliviana tem sido abalada por uma série de impasses - o maior deles, a questão da disputa entre La Paz e Sucre para abrigar as sedes do Legislativo e do Executivo - e até agora não conseguiu aprovar nenhum artigo. Na semana passada o partido de Evo, Movimento ao Socialismo (MAS), admitiu a possibilidade de encerrar os trabalhos da Constituinte sem a aprovação de uma nova Constituição. ''''Esse cenário é impensável no Equador'''', afirmou o cientista político equatoriano Pablo Andrade. Segundo ele, após a eleição de Evo, a oposição conseguiu reorganizar-se para ter um alto número de representantes da Constituinte, mas é improvável que a situação se repita no Equador. ''''O que teremos serão tentativas de bloqueio para chegar a uma situação semelhante à da Bolívia, mas a oposição equatoriana não tem a mesma força da boliviana.'''' A socióloga da Pontifícia Universidade Católica do Equador Natalia Sierra também não acredita na estagnação da Constituinte equatoriana. ''''É claro que temos medo de que os trabalhos fiquem paralisados'''', afirmou. ''''Mas, se isso realmente acontecer no Equador, podemos nos preparar para uma série de processos de mobilização popular.''''

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