Impedir entrada de imigrantes não é cristão, diz papa

O papa aumentou sua defesa aos imigrantes nos meses recentes, conforme a imigração tem se tornado uma intensa questão política em muitos países

PUBLICIDADE

Atualização:

IQUIQUE, CHILE - O papa Francisco disse nesta quinta-feira, 18,  que não é cristão impedir a entrada de imigrantes, pedindo para países receberem pessoas cujas vidas foram enfraquecidas pela pobreza, injustiça e exploração.

+Papa diz que acusação contra bispo chileno sobre pedofilia é calúnia

Francisco, para quem a defesa dos imigrantes e refugiados tem sido um tema importante em seus quase cinco anos de pontificado, falou em seu último dia no Chile antes de viajar ao Peru para começar a segunda e última parte de sua viagem pela América Latina.

O papa chegou na sexta-feira a Puerto Maldonado, no sudeste do país, onde se reunirá com 3,5 mil índios peruanos, brasileiros e bolivianos Foto: AFP PHOTO / Guillermo MUNOZ

PUBLICIDADE

“Não há júbilo cristão quando portas estão fechadas; não há júbilo cristão quando outros se sentem indesejados, quando não há espaço para eles em nosso meio”, disse no sermão de uma missa em uma praia no norte do Chile.

“O choro dos pobres é um tipo de reza; isto abre nossos corações e nos ensina a ser atenciosos”, disse em um enorme tablado branco, cercado por montanhas desérticas parecidas com dunas de um lado e pelo azul turvo do Oceano Pacífico de outro.

O papa aumentou sua defesa aos imigrantes nos meses recentes, conforme a imigração tem se tornado uma intensa questão política em muitos países.

+ Papa celebra primeiro casamento a bordo do avião papal

Publicidade

No Estados Unidos, parlamentares ainda estão discutindo o destino dos chamados “sonhadores”, que foram levados ao país ilegalmente quando crianças e agora enfrentam deportação após anos vivendo nos EUA.

Na Europa, o partido de extrema-direita e anti-imigração alemão Alternativa para a Alemanha se tornou uma grande força no ano passado, e, na Itália, o anti-imigração Liga Norte deve ter avançar nas eleições nacionais em março. / REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.