Importante suspeito de genocídio de Ruanda é preso em Uganda

Cerca de 800 mil pessoas morreram no episódio de guerra étnica, que ocorreu entre abril e julho de 1994

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Por Agência Estado , Associated Press e Efe
Atualização:

Um importante suspeito no genocídio de Ruanda em 1994 foi preso, informaram autoridades do país nesta terça-feira, 6. O ex-chefe de inteligência de Ruanda, Idelphonse Nizeyimana, foi detido no domingo em Uganda, segundo um porta-voz do governo da Uganda. O Tribunal Penal Internacional para Ruanda, localizado em Arusha, na Tanzânia, confirmou a prisão de Nizeyimana.

 

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Segundo um porta-voz da polícia de Uganda, Nizeyimana deve ter entrado no país utilizando documentos falsos.

 

Em uma nota em seu site, o tribunal lembra que Nizeyimana era o segundo ao comando dos serviços secretos ruandeses na época do massacre, entre abril e julho de 1994. Cerca de 800 mil membros da minoria étnica tutsi e moderados da maioria hutu foram assassinados, durante o genocídio de 100 dias. O episódio começou horas após um avião que levava o presidente Juvenal Habyarimana ser derrubado e o líder morrer.

 

Segundo comunicado, "inicialmente foram apresentadas acusações contra ele conjuntamente com Tharcisse Muvunyi e Idelphonse Hategekimana", os outros dois acusados de genocídio e crimes contra a Humanidade. Por meio da cadeia de comando, Nizeyimana é acusado de planejar e ordenar aos soldados vários assassinatos, entre eles a execução da "antiga rainha de Ruanda, Rosalie Gicanda, uma figura simbólica para todos os tutsis", afirma a nota.

 

Nizeyimana foi levado ainda na terça para o centro de detenção de Arusha das Nações Unidas, segundo a nota.

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