Imprensa indiana aponta principais suspeitos por atentados

O grupo terrorista islâmico Lashkar-e-Toiba (LeT), baseado na Caxemira paquistanesa, e o Movimento Islâmico de Estudantes da Índia (Simi) poderiam ser os responsáveis pelos atentados de Mumbai

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Por Agencia Estado
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Segundo a polícia, 190 pessoas morreram na terça-feira 625 foram feridas na explosão de sete bombas quase simultâneas em vagões de trens suburbanos lotados de trabalhadores que voltavam para casa. A agência PTI, citando fontes policiais, afirma que o explosivo utilizado foi provavelmente RDX, o mais usado pelo Let. Recentemente, o grupo promoveu ataques sincronizados em cidades indianas como Benares e Nova Délhi, segundo o governo indiano. Fontes da inteligência citadas pelo jornal The Times of India sugerem que o LeT e o Simi, uma organização ilegal com base em Mumbai, podem ter atuado em conjunto. Segundo o jornal, os dois grupos estão atuando cada vez mais em parceria. Nos últimos dois meses, a polícia indiana desativou células do LeT e do Simi em cidades como Aurangabad, Nasik e Nagpur. Outros módulos foram detectados atuando no Estado de Maharashtra, cuja capital é Mumbai. O Lashkar-e-Toiba (Exército da Pureza) é um dos principais grupos terroristas islâmicos da Índia, baseado supostamente em Muzaffarabad, na Caxemira paquistanesa. Costuma atuar na Caxemira indiana, buscando a independência do território ou sua anexação ao Paquistão. Nos últimos anos, porém, também promoveu atentados em outras regiões indianas. As autoridades indianas responsabilizam o LeT pelos três atentados de outubro de 2005, que deixaram 62 mortos em mercados de Nova Délhi, e pelo de março deste ano, que matou 20 pessoas na cidade sagrada de Benares, uma delas dentro de um templo hindu. Em janeiro de 2002, cedendo à pressão internacional, o Paquistão declarou ilegais o LeT e outros grupos que atuam na Caxemira. Fundado em 1990 no Afeganistão, onde participou da guerra civil contra a invasão soviética, o LeT passou a atuar depois na Caxemira indiana.

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