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Imprensa iraquiana condena resolução proposta pelos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

A imprensa iraquiana denunciou, nesta quinta-feira, o esboço de resolução apresentado pelos Estados Unidos para a inspeção de armas de destruição em massa supostamente mantidas pelo Iraque e pediu ao Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) que não ceda à pressão dos EUA. Segundo a mídia iraquiana, controlada pelo governo, a resolução não passa de um pretexto para uma guerra contra Bagdá "e contra todo o mundo árabe". "Os Estados Unidos querem utilizar esta resolução como pretexto e cobertura para sua agressão contra o Iraque e todo o mundo árabe", destacou o jornal Al-Thawra, Partido Baath, do governo, em editorial. "O Conselho de Segurança não deveria dar (aos norte-americanos) pretexto nem cobertura para a agressão que está por vir." Apesar das críticas, o embaixador do Iraque na Liga Árabe reiterou no Cairo a posição do governo iraquiano de não rejeitar imediatamente uma nova resolução da ONU, mas avisou que o conteúdo dela será analisado por especialistas de seu país. "Estamos prontos para lidar com qualquer nova resolução do Conselho de Segurança aprovada de acordo com o direito internacional e com resoluções prévias do Conselho de Segurança, respeitando-se a soberania e a independência do Iraque", disse Mohsen Khalil nesta quinta-feira, após uma reunião com Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe. Por sua vez, o presidente do Iraque, Saddam Hussein, acusou EUA e Grã-Bretanha de pressionarem o CS a votar uma resolução que contradiz o direito internacional e a opinião pública mundial, informou a agência de notícias estatal INA. Segundo a INA, Saddam disse que "há dois governos que desrespeitam a lei internacional: o norte-americano e o britânico." Para o presidente iraquiano, o mais importante para seu país é não permitir que os Estados Unidos obtenham aval internacional para a ação militar.

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