Imprensa oferece dinheiro para entrevistar jovem seqüestrada

O novo jornal "Oesterreich", cujo primeiro número sairá em 1º de setembro, ofereceu cerca de US$ 255 mil para falar com a jovem de 18 anos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Três dias após vir a público a história de Natascha Kampusch, a menina que esteve trancada durante oito anos em um porão nos arredores de Viena, vários meios de comunicação tentam conseguir uma entrevista exclusiva, e oferecem à família dezenas de milhares de euros. Segundo a agência de notícias austríaca "APA", o novo jornal "Oesterreich", cujo primeiro número sairá em 1.º de setembro, ofereceu cerca de US$ 255 mil para falar com a agora jovem de 18 anos, seqüestrada em março de 1998, quando tinha apenas 10. A imprensa austríaca informou neste sábado que um dos desejos expressados pela jovem após sua libertação é fazer uma viagem em um cruzeiro com seus parentes. Hoje foram divulgados novos detalhes do seqüestro de Natascha, que após os oito anos de cativeiro pesa apenas 42 quilos e mede 1,60 metro. Segundo os indícios recolhidos pela investigação, o suposto seqüestrador, Wolfgang Priklopil, de 44 anos, que cometeu suicídio jogndo-se debaixo de um trem após ela ter escapado, teria planejado o seqüestro com muitos meses de antecipação. Uma agente da polícia local, que foi uma das primeiras pessoas a falar com Natascha, afirmou que ela foi abusada sexualmente por seu seqüestrador, embora "ela tenha dito que tudo foi voluntário". Outro agente disse que, ao informar à jovem do suicídio de seu suposto raptor, ela começou a chorar, o que parece confirmar a síndrome de Estocolmo que Natascha sofre. A polícia austríaca interrompeu na sexta-feira os interrogatórios até a próxima segunda-feira, para dar um descanso à jovem. Autoridades informaram hoje que as análises de DNA realizadas com Priklopil confirmaram que o suposto seqüestrador não tinha participado, anteriormente, de nenhum delito semelhante.

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