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Imprensa pede expulsão de embaixadores israelenses do Egito e Jordânia

Egito e Jordânia são os únicos países árabes que assinaram acordos de paz com Israel, em 1979 e 1994, respectivamente

Por Agencia Estado
Atualização:

A imprensa árabe condena veementemente, nesta segunda-feira, o ataque de Israel que causou a morte de aproximadamente 60 civis em Qana, no sul do Líbano, e vários jornais jordanianos pedem que Egito e Jordânia expulsem dos dois países os embaixadores Israelenses. "Após o ocorrido, os embaixadores israelenses não devem permanecer mais em Amã ou no Cairo, e os dois países árabes têm de retirar seus embaixadores de Tel-Aviv", escreve o jornal Alghad em seu editorial. Egito e Jordânia são os únicos países árabes que assinaram acordos de paz com Israel, em 1979 e 1994, respectivamente. A publicação acusa Israel de "tentar conseguir que o Oriente Médio seja palco de um conflito eterno, com a ajuda americana e o silêncio internacional", e adverte que "o resultado dos crimes israelenses será violência e vingança". Outro jornal jordaniano, o Al Arab Alyawm, considera que "o massacre cometido em Qana por Olmert (primeiro-ministro israelense) não permitirá nem a paz nem a coexistência com o inimigo israelense". A imprensa árabe em geral destaca em suas primeiras páginas as notícias do "massacre em Qana", qualificada como uma ação "bárbara e selvagem". Vários jornais publicam imagens dos escombros do edifício bombardeado pela aviação israelense. "Novo massacre em Qana em 2006", "Qana-2 é um crime de guerra", "O assassino voltou a matar sua vítima". Estas são algumas das manchetes de jornais, como o egípcio Al-Ahram e o Al-Hayat, de propriedade saudita. A imprensa árabe lembrou o ataque israelense contra essa mesma cidade libanesa, ocorrido em 1996, que causou a morte de mais de 110 civis.

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