
10 de agosto de 2016 | 10h46
BAGDÁ - Doze bebês prematuros morreram em um incêndio que irrompeu nas primeiras horas desta quarta-feira, 10, na maternidade de um hospital de Bagdá e provavelmente foi causado por uma falha elétrica, informou o Ministério da Saúde iraquiano.
Outros 11 ou 12 bebês e 29 mulheres foram resgatados da maternidade de Yarmuk e transferidos para outro hospital, disse a jornalistas Hani al-Okabi, uma autoridade na área, após visitar o hospital e conversar com os administradores.
Os bombeiros levaram três horas para apagar o fogo que envolveu a maternidade, de acordo com um médico. Yarmuk é o principal hospital no lado oeste da capital e conta com atendimento emergencial.
"O nascimento do meu filho foi difícil", disse Shaima Hussein, mãe de um dos bebês, à Reuters TV na entrada do hospital. Ela disse que não permitiram que tentasse resgatar seu filho.
O incidente deve intensificar as acusações públicas de corrupção estatal e má-administração. Imagens publicadas nas redes sociais revelaram a negligência que reina no hospital, com baratas emergindo de ladrilhos quebrados, latas de lixo transbordando, banheiros sujos e pacientes deitados em macas no pátio.
Treze anos após a invasão liderada pelos Estados Unidos que depôs Saddam Hussein, o país rico em petróleo ainda sofre com a escassez de eletricidade, água, escolas e hospitais.
Há mais de dois anos o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, vem tentando enfrentar a corrupção no Iraque, que é o 161º no ranking de 168 países no Índice de Corrupção da Transparência Internacional, mas vem enfrentando resistências da maioria da elite política. / REUTERS
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