Esforços devem estar no combate ao incêndio e não em buscar culpados, diz presidente de Portugal
Último balanço oficial registrava 64 mortos e 62 feridos no município de Pedrógão Grande; quatro focos de fogo ainda estão sendo combatidos pelos bombeiros
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Por Redação
Atualização:
LISBOA - O incêndio que arrasa desde o sábado 17 o centro de Portugal continua ativo em quatro focos nos distritos de Leiria e Coimbra, mas os bombeiros acreditam que devem apagar os focos até o fim desta terça-feira, 20. Após os progressos registrados durante a madrugada, o número de pessoas que trabalham no local continua em 2 mil soldados, apoiados por meios terrestres e aéreos.
Enquanto isso, continua o trabalho de identificação das vítimas, tarefa que tem sido criticada. Em resposta, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou para que se concentrem os esforços em combater o fogo, em vez de discutir as suas causas e possíveis responsabilidades.
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O último balanço oficial registrava 64 mortos e 62 feridos no município de Pedrógão Grande, onde o incêndio teve início. Segundo autoridades, o motivo do fogo seria o impacto de um raio em uma árvore seca.
As equipes reestruturam seu plano de ação e seguem cautelosas em razão das condições meteorológicas, que podem complicar os trabalhos. O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) prevê para esta terça-feira temperaturas em torno de 39ºC e ventos moderados nas áreas afetadas dos distritos de Leiria e Coimbra.
Incêndio florestal em Portugal deixa dezenas de mortos
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Incêndio em Portugal
Região de Pampilhosa Da Serra teve casas e carros destruídos; 733 bombeiros participaram dos trabalhos de resgate e combate ao fogo Foto: EFE/EPA/PAULO NOVAIS
Incêndio em Portugal
Fogo refletido em córrego perto de Coimbra, no centro de Portugal. Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP
Incêndio em Portugal
Carros ficaram presos no grande incêncio Foto: REUTERS/Guillermo Martinez
Incêndio em Portugal
Bombeiros da Guarda Republicana Nacional de Portugal trabalham para acabar com o incêndio na vila de Avelar, no centro de Portugal. Foto: Armando Franca/AP
Incêndio em Portugal
Mais de 60 pessoas morreram no grande incêndio na região central de Portugal Foto: EFE/EPA/PAULO NOVAIS
Incêndio em Portugal
Dezenas de pessoas morreram em incêndios florestais no centro de Portugal, muitas presas em seus carros enquanto as chamas os cercavam. Foto: Armando Franca/AP
Incêndio em Portugal
Bombeiros em ação para acabar com os fogos em uma floresta no centro do país mediterrâneo. Foto: Rafael Marchante/Reuters
Incêndio em Portugal
. Foto: Rafael Marchante/Reuters
Incêndio em Portugal
Incêndio no centro de Portugal deixou vítimas e destruiu casas Foto: Rafael Marchante/Reuters
Incêndio em Portugal
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Incêndio em Portugal
Homem olha da sacada de sua casa, em Avelar, no centro de Portugal, fogo em montanha pouco antes do amanhecer do domingo. Foto: Armando Franca/AP
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. Foto: Rafael Marchante/Reuters
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Bombeiros trabalham para combater o fogo em Torgal, Portugal. Foto: REUTERS/Rafael Marchante
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Policiais observam carros queimados emFigueiro dos Vinhos. Foto: REUTERS
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Fogo emAlvaiazere, Portugal. Muitas vítimas morreram presas em seus carros. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Aproximadamente 733 bombeiros trabalham na região deAlvaiazere para combater o incêndio. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
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Bombeiros trabalham emVale das Porcas, Alvaiazere, Portugal. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
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Bombeiros trabalham para combater as chamas. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
O incêndio florestal deixoupelo menos 61 mortos em Portugal. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Moradora observa as chamas emVale das Porcas, Alvaiazere. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
Incêndio em Portugal
Imagem de drone mostra carros que foram encurralados pelo fogo Foto: AP
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Pelo menos 62 pessoas morreram por causa do incêndio em Portugal nesse fim de semana. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
O padre José Gomes, de Figueiró dos Vinhos, disse que os moradores não receberam apoio dos bombeiros. "Há um ambiente de revolta contra os serviços de socorro", afirmou.
Alguns também questionam se as estradas foram bloqueadas de modo suficientemente rápido no dia da tragédia. 47 vítimas morreram na estrada nacional 236, 30 delas cercadas pelo fogo. De acordo com as autoridades locais, famílias viajavam pela estrada porque pretendiam passar a tarde em uma praia da região.
"A prioridade agora é o combate ao incêndio e o apoio às vítimas e seus parentes", disse o presidente português, acrescentando que "depois teremos todo o tempo do mundo" para debater outros assuntos. / EFE e AFP