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Indecisos podem definir eleições legislativas na Áustria

Segundo as pesquisas, nenhum partido obterá a maioria absoluta

Por Agencia Estado
Atualização:

Os colégios eleitorais da Áustria abriram neste domingo suas portas às 07h (02h em Brasília) para os 6,1 milhões de cidadãos que poderão escolher um novo Parlamento e governo. Os colégios em 2.358 distritos serão fechados às 17h (12h em Brasília) e os primeiros resultados oficiais são esperados por volta das 19h30 (13h30 em Brasília). Segundo as pesquisas mais recentes, o Partido Popular (ÖVP) do chanceler federal Wolfgang Schüssel - atualmente no poder em coalizão com a formação populista de direitas BZOe (Aliança para o futuro da Áustria) -, lidera as intenções de voto, seguido de perto pelo opositor Partido Social-Democrata (SPÖ). As pesquisas indicam que o ÖVP terá entre 36% e 39% dos votos, enquanto os social-democratas liderados por Alfred Gusenbauer obteriam de 34% a 37%. O terceiro posto é disputado pelo partido ecologista "Os Verdes", com um apoio de entre 10% e 11,5%, e os liberais direitistas do FPÖ, que devem ter entre 7,5% e 10% dos votos. Outros partidos, como o do independente Hans Peter Martin, o partido comunista e o BZOe, que agrupa o restantes dos seguidores do ultranacionalista Joerg Haider que assumiram o poder em 2000, lutam para obter os 4% de votos necessários para entrar no Parlamento, com 183 deputados. Nas eleições anteriores, realizadas em 2002, o ÖVP saiu vencedor com 42,3% dos votos, correspondentes a 79 cadeiras no Parlamento, seguido do SPÖ, com 36,5% (69 cadeiras), do FPÖ (antes da cisão do BZOe), com 10% (18), e dos Verdes, com 9,4% (17). Segundo as pesquisas, nenhum partido obterá a maioria absoluta requerida para governar sozinho, o que obrigará a uma aliança com outra legenda. Em função disso, observadores políticos acreditam no retorno da chamada "grande coalizão", formada por populares e social-democratas. Além disso, existe a possibilidade de os Verdes se unirem aos conservadores do ÖVP ou até mesmo com o SPÖ. No entanto, não são descartadas surpresas no resultado das eleições, em função do grande número de indecisos registrado até último momento, de cerca de dois milhões de pessoas, o que equivale a quase um terço do eleitorado.

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