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Índia acusa agência de inteligência do Paquistão por ataque

Por Agencia Estado
Atualização:

Concluíndo uma rápida investigação, a Índia acusou hoje a agência de inteligência do Paquistão de estar ligada ao ousado ataque de quinta-feira contra o Parlamento indiano, e apresentou o nome de cinco paquistaneses que teriam realizado o atentado. Ajay Raj Sharma, chefe de polícia da Nova Délhi, disse que o ataque, no qual morreram 13 pessoas, foi uma operação conjunta dos partidos baseados no Paquistão Lashkar-i-Tayyaba e Jaish-i-Mohammed, os mais temidos grupos militantes lutando pela separação da província himalaia de Caxemira da Índia. Ele afirmou que as conclusões foram baseadas em confissões de quatro pessoas presas no sábado. "Masood Azhar, chefe do Jaish, e Zaki-ur Rehman, do Lashkar, planejaram uma operação conjunta sob a direção do serviço de inteligência do Paquistão (ISI)", garantiu Sharma. Os interrogatórios dos detidos revelaram que os homens queriam originalmente atacar o aeroporto internacional de Nova Délhi, acrescentou. Azhar é o poderoso chefe guerrilheiro islâmico que foi libertado pela Índia em dezembro de 1999 com outros dois militantes em troca de um avião repleto de passageiros sequestrado por rebeldes muçulmanos e levado para Kandahar, Afeganistão. Sharma disse que Mohammad Afzal, o integrante do Jaish que supervisionou a operação em Nova Délhi, foi treinado pelo ISI. "A conexão ISI é muito clara", afirmou ele a repórteres. "Essas pessoas (presas no sábado) não disseram que o Paquistão tinha conhecimento, mas as coisas que chegaram ao nosso conhecimento mostram que a ISI estava relacionada ao ataque, e se o ISI está envolvido, o Paquistão tinha de saber sobre a ação". Nova Délhi tem pedido ao Paquistão para parar de treinar militantes do Lashkar e Jaish, prender seus líderes e congelar seus bens. Ninguém assumiu responsabilidade pelo ataque. O Paquistão e líderes do Lashkar negam envolvimento no atentado.

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