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Índia alerta Paquistão sobre alto preço a ser pago por confrontos na Caxemira

Por SANJEEV MIGLANI E ANDREW MACASKILL
Atualização:

A Índia alertou o Paquistão que o país pagará um “preço exorbitante” se persistir com salvas de artilharia e tiros de metralhadora na área fronteiriça da Caxemira, aumentando as tensões em meio ao pior confronto entre os dois lados em mais de uma década. Nove civis paquistaneses e oito indianos foram mortos desde que o conflito irrompeu há mais de uma semana ao longo da faixa de fronteira de 200 quilômetros na disputada área da Caxemira, região de maioria muçulmana. Mais pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira. Ambas as potências nucleares reivindicam toda a área das montanhas himalaias da Caxemira, repleta de férteis vales e que é um grande foco de tensão no sul da Ásia. Eles culpam um ao outro pelo começo das mais recentes hostilidades. O ministro da Defesa indiano, Arun Jaitley, chamou o Paquistão de “agressor" e acusou o vizinho de realizar ataques não provocados sobre a área controlada pela Índia na Caxemira. Ele ameaçou desencadear uma pesada retaliação. “Se o Paquistão persistir com sua aventura, então nossas forças continuarão a lutar”, disse Jaitley em uma coletiva de imprensa em Nova Déli. “O custo desse aventureirismo será exorbitante”, afirmou, sem dar mais detalhes. O general paquistanês Khan Tahir Javed Khan, responsável pela seção da fronteira onde a violência irrompeu, disse que a Índia havia disparado 20 mil projéteis até agora neste ano, contra apenas 200 em 2012. Ele também afirmou estar tentando se encontrar com o responsável pelo lado indiano da fronteira desde que as trocas de fogo começaram, mas disse que suas ligações não foram retornadas. Este é o primeiro grande conflito com o Paquistão com que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, tem de lidar desde que foi eleito neste ano. O embate acontece após semanas de protestos contra o governo do Paquistão e a apenas alguns dias antes das eleições estaduais indianas, nas quais Modi tem feito campanha.

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