Índia e Paquistão anunciam retomada de diálogo

Países já haviam acenado para negociações no início do ano; conversas estão paralizadas desde 2008

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NOVA DÉLHI - A Índia e o Paquistão decidiram nesta terça-feira, 11, retomar o processo de diálogo que ruiu após o atentado de Mumbai de novembro de 2008, com uma reunião de seus ministros de Exteriores em Islamabad no próximo dia 15 de julho.

 

O anúncio foi feito em Nova Délhi pelo chefe da diplomacia indiana, S.M. Krishna, pouco após uma conversa telefônica com o chanceler paquistanês, Shah Mehmood Qureshi.

 

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Em entrevista coletiva após a conversa, em Islamabad, Qureshi confirmou o reatamento do diálogo, que a Índia suspendeu após sofrer o atentado, e disse que confia que este processo será "irreversível".

 

O diálogo entre as duas potências nucleares rivais do Sul da Ásia começou em 2004 e foi afetado frequentemente pelas crises políticas no Paquistão e pelos atentados na Índia atribuídos a grupos com base em solo paquistanês.

 

A Índia acusou o grupo Lashkar-e-Toiba, que atua na Caxemira, pelo atentado terrorista em Mumbai, no qual 166 pessoas morreram entre 26 e 29 de novembro de 2008, e exigiu ao Paquistão que entregasse os culpados e eliminasse a infraestrutura do grupo insurgente e outros grupos em seu território.

 

O Paquistão processou sete membros do Lashkar-e-Toiba, enquanto na Índia terminou na semana passada o julgamento contra o único terrorista capturado vivo em Mumbai, um paquistanês que foi sentenciado à pena de morte.

 

A região da Caxemira também é motivo de discórdia entre as nações. Ambas reclamam a soberania da área, localizada na zona fronteiriça e onde frequentemente ocorrem conflitos entre manifestantes e forças de segurança.

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