Índia estuda retirar seus soldados do Líbano

Governo pode ter começado a analisar a retirada devido ao fato de que o mandato das tropas da UE poderia ser de "aplicação da paz" e não de "manutenção da paz"

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Índia estuda retirar seus soldados que fazem parte do contingente de 1.990 militares da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), informou nesta quinta-feira a agência indiana "PTI". "Estamos considerando a retirada das tropas do Líbano porque a UE já está organizando a força de contenção que será mobilizada entre Israel e seu vizinho do norte", disse o ministro da Defesa da Índia, Pranab Mukherjee. Segundo a "PTI", o Governo pode ter começado a analisar a retirada devido ao fato de que o mandato das tropas da UE poderia ser de "aplicação da paz" e não de "manutenção da paz". As tropas indianas que fazem parte desse contingente não estão equipadas para realizar trabalhos de "aplicação da paz", acrescentou a agência. A nova situação requer tarefas como o desarmamento das milícias, a defesa de territórios, retirada de minas dos territórios e desativação de bombas. No entanto, é improvável que as tropas indianas deixem o Líbano antes do fim de seu mandato, em 31 de agosto. Fontes do Ministério da Defesa citadas pela "PTI" disseram que o contingente indiano fará uma "retirada ordenada" quando as tropas da UE tomarem posições. Estas tropas serão reforçadas por 15.000 soldados libaneses que supervisionarão o cessar-fogo entre Hezbollah e o Exército israelense. Do contingente indiano, 673 efetivos pertencem ao quarto batalhão sique, que fez trabalhos de resgate e reabilitação após os Confrontos. As fontes não esclareceram se a possível retirada incluiria também os 102 soldados do contingente indiano das Colinas de Golã.

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