
16 de abril de 2009 | 13h35
Porém, as autoridades esperam um grande comparecimento, mesmo na área mais violenta do país. "As pessoas querem que a democracia triunfe", disse Tarun Gogoi, o principal funcionário no Estado de Assan, no nordeste da Índia, área assolada por insurgentes. "Eu sei da ameaça dos militantes, mas não se pode ficar em casa pelo medo", disse Monalisa Bordoloi, de 30 anos, moradora de uma isolada vila nesse Estado.
Com mais de 1,2 bilhão de habitantes, a Índia geralmente realiza eleições em etapas por questões logísticas e de segurança. Os resultados estão previstos para 16 de maio. No entanto, ninguém espera um vencedor claro. Pesquisas indicam que nem o Partido do Congresso, líder da coalizão governista, nem o Bharatiya Janata, da oposição nacionalista hindu, terão cadeiras suficientes no Parlamento de 543 membros para governar sem apoio. O vencedor buscará alianças com vários partidos pequenos, o que deve se traduzir em uma coalizão instável.
Hoje estão em jogo 124 cadeiras parlamentares. O Partido do Congresso, há cinco anos no poder, viu seu principal trunfo ameaçado com a desaceleração econômica do país, após anos de crescimento espetacular. Já o Bharatiya Janata enfrenta divisões internas e é criticado pela excessiva dureza de sua política antiterror. A legenda também é acusada de fomentar divisões entre a maioria hindu e a importante minoria muçulmana indiana. Os dois principais partidos perderam espaço para siglas menores, focadas em temas locais ou em castas particulares, dentro do complexo sistema social hindu.
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