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Índia mobiliza mais tropas na fronteira com Paquistão

Por Agencia Estado
Atualização:

A tensão aumentou nesta terça-feira na fronteira entre Índia e Paquistão, após a morte, citada por várias agências, de dois soldados indianos e ferimentos em três civis, atingidos por granadas de morteiro, disparadas por soldados paquistaneses. O Exército indiano ordenou a desocupação de alguamas comunidades próximas à linha divisória entre os dois países e sua força aérea transferiu mais equipamentos armados para a região. As autoridades indianas disseram estar respondendo a um deslocamento maciço de tropas do outro lado da fronteira e da linha de cessar-fogo que divide a disputada província da Caxemira entre os rivais do sul da Ásia, ambos com poderio nuclear. "A situação está se tornando cada vez mais e mais difícil de conter. Há um sentimento de desconfiança muito, muito forte", disse o embaixador indiano no Paquistão, Vijai Nambiar, de regresso a Nova Délhi após ser chamado por seu governo de volta de Islamabad. Na capital indiana, centenas de civis desfilaram em favor da paz diante de versões de que o governo de Nova Délhi intensificará sua ofensiva diplomática e considera a adoção de sanções econômicas contra Islamabad. Os soldados indianos e paquistaneses trocaram hoje intenso fogo na região de Jammu-Caxemira. Um soldado indiano morreu, disse um oficial do Exército que pediu para permanecer no anonimato. Ao mesmo tempo, centenas de mulheres, crianças e trabalhadores dos serviços sociais formaram uma cadeia humana em torno da Porta da Índia, um pilar de argila vermelha construído em memória dos soldados mártires. Os manifestantes pediram que o governo não declare uma guerra. "Queremos paz, não guerra", dizia um cartaz levado pelos manifestantes. Respondendo a esse apelo, o ministro do Interior indiano Lal K. Advani, disse que a Índia não deseja uma guerra e, sim, pôr fim ao terrorismo.

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