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Índia não limitará seu programa de armas atômicas, diz premiê

A Índia está ansiosa para aumentar sua capacidade energética

Por Agencia Estado
Atualização:

A Índia não vai aceitar nenhuma pressão dos Estados Unidos para limitar o seu programa de armas atômicas, disse o primeiro-ministro do país, Manmohan Singh, nesta quinta-feira. A declaração foi feita no Parlamento indiano, depois de intenso debate sobre um controvertido acordo de energia nuclear assinado com os Estados Unidos no ano passado. Singh defendeu o acordo, alegando que a ajuda americana ao programa nuclear indiano é do interesse do país e pode, eventualmente, contribuir para erradicar a pobreza maciça na Índia com a rápida expansão da economia. Com o crescente aumento do preço do petróleo, energia nuclear é uma forma menos dispendiosa de diminuir a defasagem entre oferta e demanda de energia no país, disse o primeiro-ministro. A Índia terá acesso a tecnologia nuclear americana para uso civil em troca de ter suas instalações atômicas civis submetidas a inspeções. Singh enfrenta críticas da direita e da esquerda por causa do acordo com os Estados Unidos. O principal partido da oposição, Bharatiya Janata, diz que o Congresso americano está tentando fazer mudanças no texto que vão limitar o programa de armas nucleares da Índia. Os aliados comunistas do governo temem que o acordo force o governo indiano a apoiar a controvertida política externa americana, em casos como o Iraque e o Irã. A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o acordo para compartilhar tecnologia nuclear para uso pacífico com a Índia. A proposta deve ser aprovada pelo Senado no mês que vem. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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