13 de abril de 2010 | 23h14
WASHINGTON- O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, excluiu nesta terça-feira, 13, qualquer possibilidade de ter conversações com o Paquistão até o que país "dê passos críveis" para levar à Justiça os responsáveis pelo ataque de 2008 a Mumbai.
Singh afirmou que trocou cumprimentos duas vezes com seu colega paquistanês, Yusuf Raza Gilani, às margens da Conferência de Segurança Nuclear em Washington, mas eles não conversaram durante o encontro.
"Eu complementei o primeiro-ministro durante a passagem da emenda constitucional a qual eu penso que faz o primeiro-ministro uma personalidade mais forte no sistema político do Paquistão. Mas além disso, não houve mais discussões", disse Singh a repórteres.
A Índia tem questionado insistentemente o Paquistão sobre as atividades do grupo Lashkar-e-Taiba, militância paquistanesa responsável pelos ataques em Mumbai que mataram 166 pessoas.
"Nós gostaríamos ao menos que o Paquistão levasse os mentores desses horríveis crimes à Justiça. Isso é o mínimo que esperamos do Paquistão", completou. "Se o Paquistão fizer isso, ficaremos muito felizes a começar a conversar de novo sobre todas essas questões".
Falando a jornalistas na segunda-feira, Gilani disse refutou as afirmações indianas, e declarou que havia banido os membros do Lashkar-e-Taiba e congelado suas contas-correntes em bancos.
Gilani argumentou que a Índia precisa reunir mais provas, ao que Singh respondeu com a afirmação de que altos membros da milícia estavam "perambulando livremente" no Paquistão e a inteligência norte-americana apontou laços do Lashkar-e-Taiba com a Al-Qaeda.
Índia e Paquistão já travaram três guerras desde que proclamaram a independência da Inglaterra em 1947, e iniciaram uma tentativa de processo de paz em 2004. A Índia suspendeu as conversações em 2008, depois dos ataques de Mumbai, e diplomatas dos dois países tiveram seu primeiro diálogo oficial no mês passado.
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