Índia pretende responder a ataque a seu Parlamento

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Por Agencia Estado
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A Índia pôs em alerta hoje suas Forças Armadas ao longo da fronteira com o Paquistão e estudava uma retaliação ao ataque terrorista contra seu Parlamento, que Nova Délhi acusou ter sido obra da agência de inteligência paquistanesa e grupos militantes islâmicos baseados no país vizinho. O Paquistão, enquanto isso, pediu à Índia para pôr fim ao "jogo de acusação". Os confrontos verbais entre os dois vizinhos detentores de armas nucleares subiu de tom depois de um ousado ataque na última quinta-feira contra o Parlamento da Índia, no qual cinco atacantes e oito outras pessoas morreram. A Índia afirma que os cinco terroristas mortos no ataque eram paquistaneses e que a operação foi planejada pela agência de inteligência de Islamabad. A Índia advertiu que considera todas as opções para uma retaliação, inclusive o bombardeio de campos de treinamento de terroristas que supostamente estão espalhados pelo Paquistão. Islamabad afirmou que responderá à altura. O ministro do Exterior indiano, Jaswant Singh, falando a repórteres após uma reunião do gabinete sobre segurança, disse que o primeiro-ministro Atal Bihari Vajpayee estava sendo informado da situação. "Estamos em alerta", afirmou Singh, quando perguntado sobre um aparente movimento de tropas paquistanesas na fronteira. Numa entrevista à televisão na noite de domingo, o ministro do Interior Lal Krishna Advani sugeriu que a Índia tinha o direito de enviar tropas através da fronteira para caçar guerrilheiros islâmicos. Os militantes estão engajados num movimento separatista desde 1989 no Estado de Jammu-Caxemira, numa campanha que já deixou dezenas de milhares de mortos. Eles buscam a independência da Caxemira ou sua união com o Paquistão muçulmano. A Índia acusa o Paquistão de armar e treinar as guerrilhas, enquanto Islamabad garante só apoiar os rebeldes ideologicamente.

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