
12 de outubro de 2013 | 09h29
Segundo Surya Narayan Patro, da agência de gestão de desastres de Orissa, mais de 600 mil pessoas já deixaram suas casas. Meteorologistas alertam que o ciclone Phailin pode perder força nas próximas horas, mas mesmo assim os riscos são muito grandes. Imagens de satélite mostram que a tempestade cobre quase toda a Baía de Bengala.
"Uma tempestade desse tamanho não se dissipa rápido. A esta altura, nada pode detê-la", comenta Ryan Maue, meteorologista da Weather Bell. Segundo ele, as ondas provocadas pelo Phailin podem atingir até 9 metros de altura, avançando sobre a terra e causando muitos estragos. De acordo com o Departamento Meteorológico da Índia, o Phailin é um ciclone "muito forte" e deve atingir os Estados de Orissa e Andhra Pradesh com ventos sustentados de até 220 km/h.
Em Bhubaneshwar, capital de Orissa, funcionários do governo e voluntários estão recolhendo centenas de toneladas de alimentos e água e distribuindo essas provisões para centros de abrigo. O ministro-chefe do Estado, Naveen Patnaik, pediu que as pessoas deixem suas casas ao serem orientadas pelas autoridades. "Eu peço a todos que não entrem em pânico, mas ajudem o governo. Todo mundo em todos os vilarejos e nas sedes do governo está em alerta", afirmou.
O ciclone deve causar grandes apagões e interromper os serviços de comunicação, além de fechar estradas e ferrovias. Segundo a Força Aérea, quatro aviões de transporte e 18 helicópteros estão a postos para ajudar nas operações de resgate.
A Baía de Bengala já foi cenário de algumas das tempestades mais devastadoras da história. Em 1999, o ciclone Orissa, que teve uma força similar ao Phailin, matou quase 10 mil pessoas na região. Fonte: Associated Press.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.