Indicada para comandar a CIA tem nome ligado a torturas
Gina Haspel terá de explicar ao Senado o período em que comandou uma prisão clandestina em que ao menos dois suspeitos foram submetidos à simulação de afogamento
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Por Cláudia Trevisan , Correspondente e Washington
Atualização:
Primeira mulher indicada para comandar a CIA, Gina Haspel teve um papel de destaque em operações clandestinas da agência depois do ataque de 11 de Setembro de 2001 e comandou uma prisão clandestina dos EUA na Tailândia em que pelo menos dois suspeitos de terrorismo foram submetidos a simulação de afogamento e outras práticas de tortura. Depois, ela participou de esforços para destruição de vídeos que registraram as ações.
Esse período de sua carreira estará no centro da sabatina que Haspel terá de enfrentar para ter seu nome confirmado pelo Senado para comandar a Agência Central de Inteligência.
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“A tortura de detentos sob custódia dos EUA na década passada é um dos mais negros capítulos da história americana”, disse nesta terça-feira o senador republicano John McCain. “A sra. Haspel precisa explicar a natureza e a extensão de seu envolvimento com o programa de interrogatório da CIA durante seu processo de confirmação”, ressaltou o parlamentar, que foi submetido a tortura nos cinco anos em que foi prisioneiro de guerra no Vietnã.
McCain defendeu que Haspel assuma o claro compromisso de respeitar a legislação e o Manual das Forças Armadas, que proíbem a prática de tortura. O atual diretor da CIA, Mark Pompeo, assumiu essa posição quando foi sabatinado, lembrou o senador.
“O povo americano merece agora a mesma garantia de Gina Haspel, cuja carreira na agência tocou em várias ocasiões nas chamadas ‘técnicas reforçadas de interrogatório’”, ressaltou McCain, que pertence Partido Republicano, o mesmo do presidente Donald Trump.
Visita de Trump à Califórnia é marcada por protestos
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Muitas pessoas que estavam na manifestação também alegavam que a construção dos protótipos foi um desperdício do dinheiro público Foto: EFE/David Maung
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Muitos manifestantes gritavam: “Rejeitamos o seu ódio! Não precisamos do seu muro racista!” Foto: REUTERS/Mike Blake