PUBLICIDADE

Indicado para ministério no Irã é procurado por atentado na Argentina

Ahmad Vahidi, nomeado para a Defesa, é acusado de ligações com ataque à AMIA.

Por BBC Brasil
Atualização:

O homem indicado pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, para ser o novo ministro da Defesa do país está na lista de "procurados" da Interpol por supostamente ter ligações com um atentado contra um centro judaico em Buenos Aires em 1994, confirmou a agência de polícia. A Interpol emitiu uma "notificação vermelha" contra Ahmad Vahidi em 2007, depois de uma solicitação do governo argentino. Junto com outras cinco pessoas - incluindo o ex-candidato à Presidência do Irã, Mohsen Rezai - Vahidi é acusado pelo governo argentino de ter envolvimento no atentado contra o prédio da Associação Mutual Israelita-Argentina (AMIA), que deixou 85 mortos em Buenos Aires em novembro de 1994. Este foi o pior ataque contra alvos judaicos fora de Israel desde a 2ª Guerra Mundial. O governo do Irã, no entanto, rejeita as acusações da Argentina. Notificações A Interpol informa que as "notificações vermelhas" são usadas para informar as polícias de seus 187 países-membros de que há um pedido de prisão contra um indivíduo feito por alguma autoridade judiciária. A agência, no entanto, ressalta que estas notificações não equivalem a ordens internacionais de prisão e que estes indivíduos são procurados por autoridades nacionais, que recebem apenas assistência da Interpol. Vahidi, que exerceu o cargo de vice-ministro de Defesa durante o primeiro mandato de Ahmadinejad, foi indicado pelo presidente para assumir a pasta na última quarta-feira. O nome dele, assim como os dos outros 20 membros do novo gabinete de Ahmadinejad, no entanto, ainda precisa ser confirmado pelo parlamento iraniano. Mesmo assim, de acordo com a analista da BBC Caroline Hawley, a indicação de Vahidi por Ahmadinejad pode ser encarada como um desafio pelos países ocidentais. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.