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Indígenas e sindicatos protestam contra Congresso no Equador

Na próxima segunda-feira vão exigir ao Congresso um plebiscito que instaure uma Assembléia Constituinte no país. O protesto incluiu mobilizações permanentes

Por Agencia Estado
Atualização:

A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e a Frente Unitária de Trabalhadores (FUT), entre outras organizações sociais, convocaram, neste sábado, protestos para a próxima segunda-feira para exigir ao Congresso um plebiscito que instaure uma Assembléia Constituinte no país. O presidente do FUT, Jorge Arciniegas, disse que as manifestações pretendem impedir que o Legislativo trave a convocação da consulta popular proposta pelo Governo de Rafael Correa. O sindicalista assegurou que o Congresso usa "velhas práticas políticas" para tentar "evitar" a consulta e "o pronunciamento popular através das Assembléia Nacional Constituinte". A Constituinte, disse Arciniegas, é o fórum no qual o povo decidirá "o destino do país". Além disso, afirmou que os protestos não serão interrompidos até que o Congresso deixe de interferir com a iniciativa governamental, apoiada por mais de 75% da população, segundo as pesquisas. Humberto Cholango, um dos principais dirigentes da Conaie, não excluiu um "levante indígena e popular" se o Congresso frear a consulta popular e a Constituinte de plenos poderes. O líder indígena não descartou que os protestos cheguem a ocupar a sede do Parlamento, e disse que se os deputados não escutarem as reivindicações dos setores sociais, o protesto incluirá o bloqueio de estradas e mobilizações permanentes. O presidente Correa também criticou o Congresso e disse que seu Governo não aceitará o pedido de vários legisladores da oposição para que se retire a condição de plenos poderes à Constituinte. Correa assegurou que esperará até a próxima semana para que o Congresso e o Tribunal Supremo Eleitoral abram espaço para a consulta popular. O Governo apoiou as mobilizações sociais, mas pediu por diversas vezes que os manifestantes não usem da violência durante os protestos. O Congresso exigiu ao Governo que reforce o controle policial na Câmara, diante do temor que grupos sociais ocupem a sede do Legislativo, como ocorreu na semana passada.

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