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Indonésia prende dois suspeitos de atentado

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia da Indonésia prendeu dois suspeitos de terem colocado uma bomba no consulado das Filipinas. Dois relatórios confidenciais da polícia apontam para a possibilidade de que o atentado ao consulado esteja relacionado aos ataques terroristas de Bali. Uma bomba de fabricação caseira explodiu na porta do consulado filipino no dia 12 de outubro, horas antes que uma potente explosão causasse a morte de quase 200 pessoas na ilha de Bali, um popular balneário indonésio. Nenhum suspeito foi detido, apesar de se suspeitar do grupo Yemá Islamiyá, vinculado à Al-Qaeda. Os suspeitos da explosão do consulado, ambos agricultores muçulmanos, foram detidos durante uma busca na aldeia de Manado, na ilha Sulawesi, Indonésia, segundo um relatório policial apresentado ao governo filipino. A polícia indonésia confirmou as prisões, mas o general I Made Mangku Pastika, que dirige a investigação de Bali, disse hoje que até o momento não encontrou nenhuma relação entre as explosões de Manado e de Bali. De acordo com o relatório, a polícia encontrou vestígios de uma "substância de pó preto" na camisa e nas calças dos suspeitos, como também nas unhas de um deles. O resíduo é "idêntico àquela substância de pó preto dos explosivos encontrados no local do incidente", apontou o relatório indonésio, segundo uma cópia obtida pela Associated Press. Um relatório do governo filipino disse que testemunhas viram os suspeitos "fugir do local do atentado momentos antes da explosão". As autoridades indonésias compararam amostras de sangue dos suspeitos com manchas de sangue encontradas nas paredes do consulado e um pedaço de papel que foi encontrado na rua, perto da explosão, disse o relatório filipino. Calcula-se que a bomba tenha explodido antes da hora, ferindo um dos suspeitos. "Chegou-se à conclusão unânime entre os investigadores de criminalística e forenses" de que os suspeitos foram usados como "fantoches" por muçulmanos radicais que operam em Poso, região central de Sulawesi, ou na zona central da ilha de Java, aponta o relatório. "Mesmo assim, existe o consenso de que a explosão (do consulado filipino) e de Bali foram coordenadas e dirigidas pelas organizações extremistas islâmicas de Java central", que são "instrumentos" da organização Al-Qaeda de Osama bin Laden, acrescenta.

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