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Inflação amplia custo da organização de marchas

Por Ariel Palacios
Atualização:

A inflação da era Kirchner chegou às manifestações, reclamam os cabos eleitorais dos municípios da Grande Buenos Aires. Segundo esses ativistas consultados pelo ?Estado? e dados da imprensa argentina, o preço do transporte de manifestantes e da confecção de faixas, entre outros, disparou nos últimos meses, encarecendo o custo das marchas de protesto. No ano passado, para "contratar" simpatizantes do governo nos municípios da Grande Buenos Aires - tradicional reduto do governista Partido Justicialista (peronista) - bastava que se arcasse com o custo da passagem, de US$ 10. Mas, nas últimas três semanas, esse custo subiu para US$ 33. Além do pagamento de US$ 10 em dinheiro, o "militante" exige um refrigerante e um sanduíche. Para complicar, explicam os especialistas, a participação espontânea da população nas marchas partidárias reduziu-se drasticamente nos últimos anos - obrigando o governo a lançar mão da "militância paga" para encorpar as manifestações. Os ônibus para transporte de militantes tiveram a diária aumentada de US$ 70 para US$ 235, uma alta de mais de 200%. No caso das manifestações de ontem, a demanda elevada pela duas marchas simultâneas, provocou também o desabastecimento de bumbos - tradicional instrumento musical das manifestações argentinas. O preço das faixas de rua também subiu 33% nos últimos 12 meses.

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