Informação sobre Iraque era falha, admite Powell

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Colin Powell, reconheceu que a parte "mais dramática" de seu pronunciamento há um ano na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a necessidade de atacar o Iraque foi baseada em informações falhas dos serviços secretos americanos. Em fevereiro de 2003, ele disse na ONU que diversas fontes haviam comprovado aos inspetores da entidade que o Iraque mantinha diversos laboratórios móveis de armas químicas. "Agora, parece que isso não era assim sólido. Mas, na época em que eu estava elaborando minha exposição (na ONU), isso me foi apresentado como sólido", disse Powell a jornalistas num vôo da Europa para os EUA na sexta-feira à noite. Os comentários do secretário são o mais claro reconhecimento de um membro do governo americano de que suas informações sobre o arsenal iraquiano estavam provavelmente erradas. Ele também disse acreditar que a comissão que investiga os dados do serviço secreto americano sobre as supostas armas de destruição em massa iraquianas vai acabar revelando que a Agência Central de Informações (CIA) dependeu de fontes não confiáveis para formular as evidências-chave usadas em sua argumentação a favor da guerra. A alegação de que o Iraque possuía armas químicas e biológicas e buscava produzir armas nucleares foi a justificativa dada pelo governo americano para um "ataque preventivo". Apesar das objeções de diversos países aliados, os EUA invadiram o Iraque em março do ano passado sem a aprovação da ONU.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.