Informações podem esclarecer suspeitas contra Menem

O candidato à Presidência da Argentina é acusado de receber suborno no valor de US$ 10 milhões, que teriam sido depositados na Suíça

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Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/internacional/argentina2003/ticker.inc"; ?> A poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, a Justiça de Buenos Aires envia ao governo suíço informações precisas que abrem caminho para que se identifique uma conta em nome do ex-presidente e candidato, Carlos Menem, em que teria sido depositado um suborno de US$ 10 milhões. Hoje, o Ministério da Justiça da Suíça afirmou ter recebido de Buenos Aires uma carta rogatória que ajudará a esclarecer suspeitas contra o ex-presidente. O juiz argentino, Juan José Galeano, acredita que o ex-presidente teria recebido um suborno milionário do governo iraniano para abafar as investigações sobre o atentado contra a entidade judaica em Buenos Aires, AMIA. Esse dinheiro, segundo os procuradores argentinos, estaria na Suíça. Na carta, o juiz teria mencionado o nome do banco e a cidade em que o depósito foi feito. "Isso vai nos ajudar muito a desvendar a existência de uma conta", afirmou o porta-voz do Ministério da Justiça suíça, Folco Galli. O governo de Liechtenstein apresentou hoje uma queixa aos argentinos por não terem investigado uma ex-cunhada de Menem, Amira Yoma, que teria feito depósitos no país europeu com recursos gerados pelo tráfico de drogas. Além da eventual conta relacionada ao suborno, a Suíça já identificou duas outras contas em nome de pessoas relacionadas à Menem, uma em Genebra e outra em Zurique.

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