Inglaterra aprova extradição de Assange para Suécia

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Por AE
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O fundador e editor-chefe do site WikiLeaks, Julian Assange, deve ser extraditado para a Suécia a fim de responder por acusações de crimes sexuais, decidiu hoje um juiz britânico, segundo informou o Wall Street Journal. A defesa, porém, ainda pode recorrer da decisão.O magistrado Howard Riddle afirmou que as acusações de violação sexual e de agressão sexual feitas por duas mulheres na Suécia contra Assange são passíveis de extradição. Segundo ele, a ordem judicial sueca foi expedida corretamente. Os advogados de Assange têm agora uma semana de prazo para apelar da decisão tomada hoje, e já disseram que pretendem fazê-lo.Assange não foi formalmente acusado na Suécia, mas o país quer interrogá-lo sobre as alegações de que cometeu crimes sexuais contra duas mulheres durante uma visita a Estocolmo, em agosto do ano passado.Os advogados de Assange argumentam que ele não deve ser extraditado por várias razões. Para eles, o ativista não teria um julgamento justo na Suécia, onde segundo eles Assange é tratado como vilão pela imprensa. Também argumentam que ele tentou se encontrar várias vezes com promotores suecos após o início das investigações e antes de deixar o país, mas foi rechaçado. A defesa ainda alega que crimes sexuais não poderiam ser passíveis de extradição no Reino Unido.O tribunal britânico, porém, afirmou que aparentemente Assange tentou escapar de prestar um depoimento enquanto estava na Suécia. O juiz considerou as quatro acusações por crimes sexuais passíveis de extradição e se disse confiante de que Assange terá um julgamento justo na Suécia, caso seja acusado formalmente.O fundador do WikiLeaks afirma ser inocente e se diz perseguido politicamente pelos vazamentos de documentos secretos feitos por seu site. Assange tem divulgado um lote de cerca de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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