PUBLICIDADE

Inglaterra pede autorização russa para reabir caso Litvinenko

Enquanto investigadores britânicos querem voltar à Rússia para concluir inquérito; Russos procuram na Inglaterra por Boris Berezovsky, acusado do crime pelo seu país

Por Agencia Estado
Atualização:

Investigadores britânicos querem voltar à Rússia como parte do seu inquérito sobre a morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko. Enquanto isso, a Rússia realiza sua própria investigação e já pediu que seus agentes possam ir a Londres, onde mora o magnata Boris Berezovsky. "Ontem recebemos um novo pedido da Grã-Bretanha para permitir que uma equipe de detetives britânicos visite Moscou novamente como parte do caso Litvinenko", disse a jornalistas na terça-feira o procurador-geral da Rússia, Yuri Chaika, sem dizer qual seria a intenção dos detetives nessa nova visita. Em dezembro, detetives britânicos foram a Moscou interrogar Andrei Lugovoy e Dmitry Kovtun, testemunhas que encontraram Litvinenko na época em que ele ficou doente, no início de novembro. Ao morrer, Litvinenko, opositor veemente do governo russo, investigava o assassinato da influente jornalista Anna Politkovskaya, também muito crítica a Putin. Os dois crimes agravaram no Ocidente a suspeita de que podem se tratar de homicídios cometidos por vingança de autoridades. O Kremlin diz que não teria por que fazer isso, já que as mortes abalam a reputação do governo russo mais do que as críticas que os mortos faziam. Agentes britânicos passaram duas semanas na Rússia em dezembro, mas partiram sem anunciar o que descobriram. Berezovsky Autoridades russas lançam suspeitas da morte de Litvinenko sobre adversários de Putin no exterior, como o magnata Boris Berezovsky, que vive auto-exilado em Londres. O procurador-geral Yuti Chaika disse nesta terça-feira que seu gabinete pretende interrogar Berezovsky, de acordo com a mídia russa. "Temos nossas próprias versões do homicídio e não descartamos que tenha sido realizado por russos que vivem no exterior", disse Chaika. Litvinenko morreu em 23 de novembro em Londres devido a uma contaminação pelo elemento radiativo polônio-210. Em carta escrita no leito de morte, culpou Vladmir Putin por seu envenenamento, mas o Kremlin nega a alegação. Legisladores aliados ao Kremlin e a mídia controlada pelo estado culpam Berezovsky de estar por trás de tudo isso. Boris Berezovsky nega qualquer envolvimento no crime.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.