Insatisfeito, Obama pede mais clareza transição genuína no Egito

Presidente dos EUA diz que direitos univerais dos egípcios devem ser respeitados pelo governo

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WASHINGTON - O Egito deve caminhar em direção a uma "democracia genuína", disse nesta quinta-feira, 10, o presidente dos EUA, Barack Obama, em seus comentários sobre a decisão do líder egípcio, Hosni Mubarak, em não renunciar e entregar seus poderes ao seu vice.

 

 

"Ao povo egípcio foi dito que havia uma transição da autoridade, mas não ficou claro se esse processo é imediato, significativo ou suficiente", disse Obama, demonstrando insatisfação com a atitude de Mubarak.

 

Obama disse que "muitos egípcios ainda não se convenceram de que o governo fala sério sobre uma transição" e que "é responsabilidade do governo falar claramente com seu povo e com o mundo". "O governo do Egito precisa traçar um caminho crível, concreto e inequívoco em direção a uma democracia genuína", afirmou o presidente americano.

 

"O futuro do Egito será determinado pelos egípcios. Mas os EUA acreditam que os direitos universais do povo devem ser respeitados, e suas aspirações devem ser atendidas. Acreditamos que a transição deve demonstrar mudanças políticas irreversíveis imediatamente", concluiu.

 

Durante toda a quinta-feira, os rumores de que Mubarak renunciaria aumentaram. O presidente do Partido Nacional Democrático (PND), a legenda do presidente, havia dito que o ditador faria um discurso importante à noite e disse que ficaria surpreso se ele permanecesse no cargo até a sexta-feira. Mubarak, porém, apenas entregou seus poderes ao vice-presidente, Omar Suleiman.

 

Mais cedo, antes do anúncio de Mubarak, Obama havia dito que "a história estava acontecendo no Egito" e que os EUA apoiavam a transição pacífica no país. Após o líder egípcio anunciar sua decisão, a CNN citou uma fonte não identificada de Washington dizendo que o discurso de Mubarak "não foi o que disseram que ia acontecer nem o que os EUA queriam ouvir".

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