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Insegurança faz ministério "convidar" italianos a deixar Gaza

O convite foi feito depois do seqüestro de estrangeiros por milícias palestinas. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também está avaliando a situação na região

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministério de Assuntos Exteriores da Itália "convidou" nesta terça-feira seus cidadãos na Faixa de Gaza a deixarem essa região palestina, informou o porta-voz do departamento, Pasquale Terracciano. O "convite" foi feito depois do seqüestro de vários estrangeiros por milícias palestinas e após a invasão da prisão de Jericó levada a cabo pelo Exército israelense, episódio em que morreram pelo menos dois palestinos. Segundo Terracciano, a unidade de crise do governo de Roma entrou em contato com cerca de dez italianos que desempenham trabalhos de cooperação na Faixa de Gaza e os informou da difícil situação na região. Em seguida, convidou todos a deixarem a área o mais rápido possível por motivos de segurança. O titular do Ministério e vice-presidente do governo, Gianfranco Fini, por sua vez, declarou que o ocorrido na prisão de Jericó é algo que dificultará muito mais o diálogo entre o Hamas e o Governo de Israel. Cruz Vermelha O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou que também está avaliando a situação em Gaza e Cisjordânia, mas, "por enquanto", mantém todo seu pessoal na zona. "Não sairemos de Gaza e Cisjordânia", disse nesta terça-feira a porta-voz do CICV em Genebra, Antonella Notari, que ressaltou que essa instituição internacional manterá ali todo seu pessoal. No entanto, Antonella afirmou que o CICV está avaliando a situação de segurança na região e tomará as medidas adequadas. O CICV confirmou o seqüestro, por um grupo de homens armados, do suíço Julien Grosclaude, chefe da delegação da entidade em Yan Junés. Entretanto, não há pistas sobre a organização a que pertencem os seqüestradores. Grosclaude trabalha na Faixa de Gaza desde maio de 2005, dando assistência e proteção à população palestina, afirma a organização. A Cruz Vermelha fez contato com as autoridades palestinas para facilitar a libertação de forma segura e rápida, disse a porta-voz, que acrescentou que atacar os funcionários da entidade é totalmente inaceitável.

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