PUBLICIDADE

Inspetores da ONU chegam à Síria para desmantelar arsenal químico de Assad

Equipe da ONU tem até meados de 2014 para destruir mil toneladas de gases venenosos

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

DAMASCO - Um grupo de 20 inspetores internacional chegou nesta terça-feira, 1, à Síria para dar início ao desmantelamento do arsenal químico do país. A equipe da Organização para a Proibição de Armas Químicas da ONU (Opaq) espera destruir as mais de mil toneladas de gás sarin, mostarda e VX até meados de 2014, conforme previsto na resolução do Conselho de Segurança aprovada na semana passada com apoio da Rússia e dos Estados Unidos.

PUBLICIDADE

O prazo é o mais curto já dado à Opaq. Espera-se que até novembro a Síria já não seja mais capaz de produzir novas remessas de gases venenosos. Para isso, máquinas de mistura, mísseis e caminhões de transporte devem ser destruídos ou inutilizados.

Outra parte do trabalho dos inspetores, segundo a Opaq, será checar de maneira independente a relação de armas dada pelo governo sírio. Na semana que vem, um segundo grupo de inspetores deve chegar ao país. No total, 100 pessoas trabalharão no desarmamento químico do regime de Bashar Assad.

Negociações. No front diplomático, o governo da Rússia defendeu que o diálogo entre Assad e a oposição deve excluir os rebeldes ligados a extremistas islâmicos. "O Ocidente começa a entender que provavelmente é preciso dividir a oposição", disse o chefe da administração da Presidência da Rússia, Sergei Ivanov. "É preciso deixar de lado as tentativas de convencer a Al-Qaeda e outros extremistas para falar da conferência de paz de Genebra. E ao mesmo tempo não armar os rebeldes."

A Al-Qaeda, por sua vez, acusou a facção dos rebeldes apoiada por países ocidentais de "roubar a glória" das vitórias obtidas pelos jihadistas no conflito. Em mensagem divulgada na internet, o porta-voz da Al-Qaeda na Mesopotâmia, Abu Mohammed al-Adnani, disse que o Exército Sírio Livre está reivindicando territórios conquistados por combatentes do grupo. / AP, REUTERS e EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.