Inspetores têm segundo dia de trabalho sem problemas no Iraque

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Por Agencia Estado
Atualização:

Inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) vistoriaram hoje um laboratório e uma fábrica de munições nos arredores da capital iraquiana, dando prosseguimento à busca de armas de destruição em massa que, segundo os serviços secretos ocidentais, o regime do presidente Saddam Hussein estaria produzindo e armazenando. Dois grupos de inspetores de armas, com QG em Bagdá, dirigiram-se aos locais acompanhados de dezenas de jornalistas. Os guardas não fizeram nenhuma restrição ao ingresso dos funcionários da ONU e cooperaram com eles, mas proibiram a cobertura jornalística. "Tivemos total cooperação por parte dos iraquianos", destacou um porta-voz do grupo de inspetores ao fim da tarefa. Mas o vice-secretário da Defesa americano, Paul Wolfowitz, comentou que será preciso haver uma "mudança genuína no coração do líder iraquiano para o trabalho ter sucesso". Um dos grupo visitou um laboratório de al-Dora, zona sul da capital iraquiana, que, segundo as autoridades iraquianas, destina-se à produção de vacinas para animais. Esse laboratório tem um histórico comprovado pela própria ONU de produção de armas biológicas, incluindo antraz. Dependências dele foram examinadas por inspetores da ONU no final da década de 90, e muitas delas desativadas. Há suspeitas de que armas biológicas ainda estejam sendo desenvolvidas no complexo. O outro grupo se dirigiu à fábrica al-Nasser, no norte da cidade, que produz munição e maquinário civil. No dia anterior, os inspetores haviam percorrido instalações fabris em al-Tahadi e al-Rashad, subúrbios ao norte e leste da capital, e uma fábrica de grafite em al-Amariyah, a oeste. "Tivemos acesso, sem restrições, a todos os locais que pedimos", disse Jacques Baute, da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Hans Blix, chefe dos inspetores, foi mais cauteloso: "É um bom começo, mas temos ainda um longo e penoso caminho a percorrer."

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