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Insurgentes iraquianos querem cronograma para retirada dos EUA

Em troca, os rebeldes ofereceram suspender ataques contra as forças de ocupação lideradas pelos Estados Unidos

Por Agencia Estado
Atualização:

Onze grupos insurgentes sunitas ofereceram suspender ataques contra as forças de ocupação lideradas pelos Estados Unidos se o governo iraquiano e o presidente George W. Bush estabelecerem um cronograma de dois anos para a retirada de todas as tropas estrangeiras do país, informaram nesta quarta-feira insurgentes e autoridades do governo. A exigência faz parte de uma abrangente proposta dos grupos, que operam ao norte de Bagdá nas províncias majoritariamente sunitas de Salahuddin e Diyala. Apesar de os combates serem mais intensos a oeste, essas províncias têm se tornado cada vez mais violentas e os ataques na região têm bloqueado rotas comerciais e oleodutos. Entre os grupos não estão os poderosos Exército Islâmico no Iraque, o Exército de Maomé nem o Conselho Consultivo Mujahedin, que reúne oito grupos militantes, entre eles o Al-Qaeda no Iraque. Mas a nova oferta foi apresentada no momento em que o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, tenta trazer militantes sunitas para a mesa de negociação, oferecendo inclusive uma anistia a insurgentes que não tenham as mãos sujas com sangue iraquiano. Em declarações transmitidas nesta quarta-feira pela tevê, Al-Maliki não rejeitou de imediato a exigência do cronograma, mas disse ser irrealista por não poder prever quando as forças de segurança iraquianas terão condições de assumir o controle do país. Oito dos 11 grupos insurgentes se uniram sob o nome de A Brigada da Revolução de 1920 para negociar com al-Maliki. Entretanto, todos os 11 divulgaram exigências idênticas.

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