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Integração ainda causa desconfiança na maioria dos eleitores do bloco

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Por Redação
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O euroceticismo, sentimento nacionalista marcado pela aversão à União Europeia, está de volta - e fortalecido - em 2009. Depois de três votações que frustraram a adoção de uma constituição europeia na França, na Holanda e na Irlanda, pesquisas indicam que em 12 dos 27 países que compõem o bloco menos da metade da população acredita que a integração política e econômica faz bem a seus países. O levantamento é feito todos os anos pelo Eurobarômetro, instituto da própria Comissão Europeia. À pergunta "Você acredita que fazer parte da União Europeia é uma coisa boa?", 53% dos europeus responderam afirmativamente. O resultado foi obtido graças a 15 países, entre os quais Alemanha, Espanha e Holanda, todos com porcentuais superiores a 50% (veja gráfico nesta página). ETNOCENTRISMO Nos demais membros da UE o resultado foi diferente. Em países como Grã-Bretanha, Áustria, Hungria e Letônia chegou-se à conclusão que os movimentos etnocêntricos estão mais organizados hoje do que na época da ascensão de líderes da extrema direita, como Jean-Marie Le Pen, na França, e os irmãos Kaczynski, na Polônia. "É uma espécie de ?britanização? da Europa", disse o cientista político Dominique Moïsi, diretor do Instituto Francês de Relações Internacionais. Especialista em extrema direita, Jean-Yves Camus, pesquisador do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas, disse que a opinião pública associa a UE à globalização, um fenômeno ainda temido. "Por trás do eurocentrismo, há mais medo da globalização do que da Europa."

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