Inteligência militar procura 3,5 mil foguetes do Hamas

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Roberto Godoy

Os serviços de inteligência de Israel estão rastreando, com auxílio das agências americanas de coleta de dados e informações, o paradeiro do arsenal da morte: 3,5 mil foguetes de cinco tipos diferentes - o maior deles, dotado de um sistema primário de estabilização, capaz de atingir a cidade portuária de Haifa, distante 150 quilômetros da Faixa de Gaza. O primeiro relatório das forças israelenses contabilizava um estoque de 12,5 mil foguetes livres (sem sistema de guiagem) dos quais ao menos metade, cerca de 6 mil, são dos novos e eficientes modelos Fajr-5A ou M-302K, fornecidos por Irã e Síria ao Hamas nos últimos dois anos.

Desde a noite de 7 de julho, os radicais palestinos teriam disparado metade do estoque - e errado, total ou parcialmente, 85% dos alvos. A maioria dos foguetes cai sobre o mar ou sobre áreas desocupadas. O Domo de Ferro, sistema de defesa de Israel, intercepta com mísseis terra-ar orientados por meio de radar apenas os foguetes cuja trajetória, projetada eletronicamente, indique que atingirão setores habitados. Um dos foguetes, com alcance no limite de 45 quilômetros, foi confundido com o modelo brasileiro SS-40, exportado há 30 anos para países do Oriente Médio. Trata-se do equivalente chinês WS-1E, de desenho semelhante ao do SS-40.

A necessidade de bloquear os túneis por onde passam as armas em um fluxo constante contempla um resultado estratégico: impedir a entrada em Gaza de mísseis terra-terra, cujas ogivas são dotadas de recursos digitais que permitem o direcionamento seguro até o alvo pretendido. Custam muito caro - na faixa de US$ 500 mil - e são entregues em pequena escala, mas conferem considerável poder de fogo de precisão aos grupos fundamentalistas.

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