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Internados no hospital de Kandahar são pró-Bin Laden

Por Agencia Estado
Atualização:

Representantes do governador de Kandahar visitaram o principal hospital da cidade, onde 13 combatentes árabes armados estão em tratamento, mas não se aproximaram das dependências por eles ocupadas, temendo um ataque, disse, nesta sexta-feira, um médico do hospital. O cirurgião Mohammed Joram disse que os árabes ameaçaram suicidar-se e que são partidários de Bin Laden e do líder supremo do Taleban, o mulá Omar. "Eles dizem que ´o caminho que escolheram é o verdadeiro´", acrescentou o médico. Os estrangeiros, que já estão no hospital há quase duas semanas, estão armados com granadas e pistolas e ameaçaram suicidar-se, detonando os explosivos que carregam, se alguém alheio ao pessoal médico entrar em seus quartos. Alguns deles ficaram feridos nos bombardeios americanos e outros em combate com as forças tribais afegãs anti-Taleban, cujos membros fugiram há uma semana de seu reduto em Kandahar. Milhares de árabes foram para o Afeganistão para se unir à jihad, ou guerra santa, e muitos deles estavam filiados à rede Al-Qaeda, de Bin Laden. Ghulam Mohammed, chefe de enfermaria do hospital Mirwais, disse que todos, menos cinco árabes que estão na clínica, ainda estão em tratamento. Mas o cirurgião Joram disse que a maioria sofreu apenas ferimentos leves, que já não exigem atenção hospitalar. Entre os que ainda precisam permanecer no hospital, há um que teve a perna amputada desde o joelho, outro que teve uma perna fraturada, e um terceiro que quebrou o braço. Joram disse que os árabes não levam suas armas à sala de operações ao receber tratamento, mas as conservam a maior parte do tempo. Os árabes, que não disseram ao pessoal médico qual seu país de origem, foram levados ao hospital por seus companheiros, quando Kandahar ainda estava em mãos dos talebans. Eles devem ser presos assim que deixarem o local. "Os guardas de segurança não os deixariam ir", disse Joram. Leia o especial

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