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Interpol pergunta ao Iraque sobre urânio

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Criminal Internacional (Interpol) no Brasil enviou, nesta quarta-feira, ao governo iraquiano, um pedido de informações sobre a denúncia de que urânio brasileiro fora contrabandeado para aquele país entre 1979 e 1990. Além disso, a seção brasileira da Interpol solicitou à sua congênere da Inglaterra a checagem do relato feito pelo cientista dissidente do Iraque Khidir Hamza à Times desta semana. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) colocou em dúvida as informações do iraquiano. Segundo fontes da Interpol, a partir do recebimento das informações é que a Polícia Federal brasileira poderá abrir ou não inquérito para apurar o contrabando. A intenção do armazenamento do urânio, segundo Hamza, era a fabricação da bomba atômica por seu país. Em 1981, o Estado fez a primeira denúncia, em uma série de reportagens. A Interpol também deverá pedir informações para outros países que tiveram relação com Brasil e Iraque nessa área. Segundo Hamza, que foi conselheiro do programa iraquiano de energia atômica, o país poderia usar na fabricação de uma bomba a centrífuga com tecnologia pirateada da Alemanha e urânio contrabandeado do Brasil. Mas a AIEA informou, no início da semana, que todo o material que saía de território brasileiro era inspecionado. Técnicos da própria Agência desqualificaram as informações de Hamza, a quem consideraram um cientista de pouca expressão dentro do programa nuclear do Iraque.

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