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Investigação judicial da morte de Diana começará em 2007

Anúncio foi feito por um porta-voz da Justiça britânica

Por Agencia Estado
Atualização:

A investigação judicial sobre a morte da princesa Diana de Gales e seu namorado, Dodi Al Fayed, num acidente de trânsito ocorrido em Paris, em 1997, começará no início do próximo ano, anunciou nesta quinta-feira um porta-voz da Justiça britânica. "As audiências preliminares serão no início de janeiro", afirmou um porta-voz do Escritório de Comunicações Judiciais do Reino Unido. O Escritório de Comunicações Judiciais indicou que ainda não se decidiu se a investigação das mortes de Diana e Fayed ocorrerão separadamente ou de forma conjunta. A mesma fonte confirmou que a investigação será comandada pela juíza aposentada Elizabeth Butler-Sloss, de 73 anos, que substitui o juiz de instrução inicialmente encarregado do caso, Michael Burgess. Burgess atribuiu sua decisão a uma "pesada e constante" carga de trabalho, iniciada em 6 de janeiro de 2004. Mas, no mesmo dia, adiou-a de forma inesperada sem determinar uma data fixa para seu reatamento. O juiz tomou a surpreendente decisão para que o então comissário-chefe da Scotland Yard, John Stevens, dispusesse de mais tempo para recopilar dados e provas sobre a morte da princesa na investigação policial aberta de forma paralela à judicial. A investigação judicial começará depois de o responsável pela atual pesquisa policial apresentar seu relatório com as conclusões. Este documento incluirá declarações de 1.500 testemunhas, entre elas o príncipe Charles da Inglaterra, herdeiro do trono britânico e ex-marido de Lady Di. Em maio, Stevens disse que havia novas testemunhas e provas em relação ao caso, após ressaltar que a investigação policial estava ficando "muito mais complexa" do que se pensava. Diana de Gales, de 36 anos, morreu em 31 de agosto de 1997, junto a Fayed, de 42 anos, e o motorista Henri Paul, em conseqüência do choque da limusine em que viajavam contra uma coluna do túnel sob a ponte parisiense D´Alma. O casal sofreu o acidente pouco depois de abandonar o hotel Ritz e após serem perseguidos por vários fotógrafos. Em 1999, um juiz francês concluiu que o acidente se deveu ao fato de o chofer conduzir sob a influência de álcool e antidepressivos, após analisar os dados de um relatório que nunca foi tornado público. O início da investigação judicial no Reino Unido é anunciado uma semana após o nono aniversário da tragédia. Apesar do tempo transcorrido desde o acidente, os admiradores de Diana depositaram ramos de flores e notas carinhosas em frente ao palácio de Kensington (centro de Londres), antiga residência de Lady Di, em 31 de agosto, como é habitual desde então.

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