Investigador da morte de Lady Di tem "novas testemunhas e provas"

No entanto, o investigador se recusou a especificar sequer se as testemunhas eram presenciais, dando a entender que já tinha falado muito

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Por Agencia Estado
Atualização:

O principal investigador da morte da princesa Diana, o comissário de polícia reformado John Stevens, disse na terça-feira que tem "novas testemunhas e provas" sobre o caso, mas evitou dar mais detalhes para não prejudicar a investigação. Stevens fez as declarações durante discurso no festival literário "Hay" de Hay-on-Wye, em Gales, onde falou sobre a segurança no Reino Unido e a crescente ameaça do terrorismo. No entanto, Stevens se recusou a especificar sequer se as testemunhas eram presenciais, dando a entender que já tinha falado muito. A princesa Diana, de 36 anos, e seu namorado Dodi Al Fayed, de 42 anos, morreram quando o veículo no qual viajavam em grande velocidade bateu contra um dos pilares do túnel de L´Alma, em Paris, em 31 de agosto de 1997. Stevens explicou que sua equipe trouxe ao Reino Unido os restos do carro acidentado, modelo Mercedes, e o reconstruíram em um laboratório britânico. Também disse que examinarão individualmente todas as hipóteses sobre a morte do casal, porque, no final, é preciso apresentar um resultado "que permita virar a página" com relação a esse assunto. A investigação judicial francesa concluiu que foram diversas as causas do acidente, como o excesso de velocidade e a ingestão de álcool e tranqüilizantes pelo motorista, Henri Paul. Em 2004, o juiz de instrução Michael Burgess designou John Stevens, então comissário-chefe da Polícia Metropolitana de Londres, para investigar as circunstâncias da morte de Diana e Dodi Al Fayed, devido às muitas hipóteses envolvendo o acidente. Stevens deixou seu cargo na Scotland Yard em fevereiro de 2005. As conclusões de Stevens se tornarão públicas durante uma audiência judicial, prevista para 2007. Após isso, um tribunal decidirá se a morte de Diana de Gales e de seu namorado foi ou não acidental. O pai de Dodi Al Fayed, o multimilionário egípcio Mohammed Al Fayed, proprietário das lojas londrinas Harrods, acredita que a morte de seu filho e da princesa foi devido à conspiração planejada pela família real e pelos serviços de espionagem britânicos.

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