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Irã abre exposição de charges sobre o Holocausto

Brasil é o terceiro maior participante da exposição, atrás apenas do Irã e da Turquia

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma exibição de mais de 200 charges sobre o Holocausto foi aberta nesta segunda-feira em Teerã como resposta às caricaturas do profeta Maomé, publicadas em um jornal dinamarquês em 2005 e que escandalizaram o mundo islâmico ao serem reproduzidas no início deste ano por jornais europeus. Entre os vários países que integram a mostra, um dos que mais se destacam é o Brasil, com 21 artistas inscritos - terceiro maior participante, atrás apenas do Irã e da Turquia. A exibição, que tem 204 charges produzidas por artistas de variados países, foi fortemente influenciada pela visão do presidente linha-dura do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, líder muito criticado por ter chamado o Holocausto de "mito" e ter dito que Israel deveria ser destruído. Um dos desenhos, feito pelo indonésio Tony Thomdean, mostra a Estátua da Liberdade segurando um livro sobre o holocausto em uma das mãos e dando uma saudação nazista com a outra. Masoud Shojai, anfitrião da Casa da Caricatura, disse que um júri analisou os cerca de 1.200 trabalhos enviados após o anúncio do concurso, em fevereiro, por um de seus patrocinadores, o jornal iraniano Hamshahri. A competição começou durante a onda de protestos mundiais contra as caricaturas do profeta Maomé publicadas no jornal dinamarquês Jyllands-Posten. Muitos muçulmanos consideraram os desenhos ofensivos e uma violação às tradições que proíbem a reprodução da imagem de seu profeta. O Hamshahri afirmou que queria testar a tolerância do Ocidente a desenhos sobre o genocídio nazista de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. As charges expostas vieram de diversos países como os Estados Unidos, Indonésia, Turquia, e Irã. A exibição ocorrerá até o dia 13 de setembro e o vencedor receberá US$ 12 mil.

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