
07 de outubro de 2009 | 17h33
O ministro de Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, disse hoje que Amiri foi detido, e acusou os EUA de participação na prisão. "Nós obtivemos documentos sobre o envolvimento dos Estados Unidos no desaparecimento de Amiri", disse Mottaki segundo a agência de notícias iraniana Isna.
Amiri desapareceu há mais de quatro meses, e a Arábia Saudita não respondeu aos pedidos de informação, disseram funcionários iranianos. O fato ocorreu meses antes da revelação de uma segunda instalação de enriquecimento de urânio perto da cidade de Qom. Os Estados Unidos acusam o Irã de construir o complexo em segredo, mas Teerã nega.
Isso aumentou a especulação de que Amiri pode ter passado para o Ocidente informações sobre o programa nuclear iraniano. Amiri trabalhava como pesquisador da Universidade Malek Ashtar, em Teerã, que, se suspeita, seja administrada pela poderosa Guarda Revolucionária. A universidade já foi citada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por seus experimentos ligados ao programa nuclear.
Parentes disseram a meios de comunicação iranianos que Amiri pesquisava o uso de tecnologia nuclear na medicina e que não estava envolvido de forma ampla com o programa nuclear. Um site iraniano, porém, afirma que Amiri trabalhou na instalação de Qom e que desertou na Arábia Saudita. O site Jahannews, ligado a iranianos conservadores, não forneceu a fonte das informações.
A mulher de Amiri e outros parentes fizeram manifestações nas últimas semanas em frente à embaixada saudita em Teerã, exigindo informações sobre seu paradeiro. Sua mulher disse que ele viajou para a Arábia Saudita no dia 31 de maio para a Omra, uma peregrinação islâmica, e que ela falou com ele pela última vez no dia 3, por telefone, segundo a agência Isna.
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