
19 de dezembro de 2009 | 13h54
"Nossas forças estão em nosso próprio solo e, com base em fronteiras internacionais reconhecidas, esse poço pertence ao Irã", dizia um comunicado divulgado pelo comando das Forças Armadas iraniana à emissora de televisão via satélite Al-Alam.
Na sexta-feira, a estatal iraquiana South Oil Company denunciou que "uma força iraniana chegou ao campo de petróleo", situado na cidade de Amara. Segundo a empresa, o contingente iraniano "tomou o controle do poço 4 e içou a bandeira iraniana, apesar de o poço estar em solo iraquiano".
Bagdá exige que "Teerã retire os homens armados que ocuparam o poço 4" do campo de petróleo de Fauqa, em Amara, e denunciou o incidente como "uma violação da soberania iraquiana".
No entanto, Ramin Mehmanparast, porta-voz da chancelaria iraniana, acusou hoje "forças externas" de atuarem no sentido de prejudicar as relações entre Teerã e Bagdá, segundo a Agência de Notícias da República Islâmica.
Alaeddin Borujerdi, presidente da comissão de política externa e segurança nacional do Parlamento iraniano, disse que o caso "está sendo examinado por meio dos canais diplomáticos". Ele também acusou a mídia estrangeira de se aproveitar do incidente como ferramenta de propaganda.
O poço 4 do campo de Fauqa é parte de uma série de blocos de exploração de petróleo que o Iraque tentou, sem sucesso, leiloar para companhias estrangeiras em junho último. Estima-se que o campo possua 1,55 milhão de barris de petróleo. As informações são da Dow Jones.
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